Cidades Abandonadas - "Cidades Fantasmas"

“Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável; quando somos abandonados por nós mesmos, a solidão é quase incurável” - Augusto Cury

O Memorial de um Massacre – Oradour-sur-Glane, França:


Essa pequena cidade foi palco de um massacre durante a 2ª Guerra Mundial, quando soldados alemães ocuparam a cidade e mataram um total de 624 moradores, uma espécie de “punição” por causa da resistência Francesa perante as tropas nazistas.
Homens foram levados a um celeiro, onde levaram tiros nas pernas para “morrerem mais lentamente”, enquanto que mulheres e crianças foram queimadas vivas dentro de uma igreja que lhes servia de abrigo. Depois de tal massacre, a cidade ainda foi toda saqueada e destruída. Hoje, as ruínas do local permanecem como um memorial para as vítimas do massacre e como uma lembrança do horror que foi aquele evento.
Aqueles que sobreviveram fundaram uma nova Oradour, que fica próxima à cidade original

A Cidade Proibida – Varosha, Chipre


A placa diz “Zona Proibida” em várias línguas.
Outrora um importante ponto turístico da cidade de Famagusta, Chipre, a área de Varosha agora não passa de um local abandonado e proibido.
O bairro costeiro fora invadido pelo exército turco em 1974, obrigando todos que estavam presentes no local a fugirem. Atualmente, Varosha é zona proibida, nenhum cipriota pode adentrar no local.
Manifestações são feitas para que Varosha retorne aos gregos cipriotas, mas os turcos cipriotas não entram em acordo. E mesmo que entre, a cidade está há mais de 30 anos sem qualquer intervenção humana (A não ser por um ou outro militar turco que mora/morou por ali com familiares), o que a torna inabitável para o homem.


Com a cidade vazia, os prédios e casas vão se decompondo aos poucos, a natureza toma conta de tudo, e a única movimentação que se vê nas praias – pelo outro lado da cerca que divide Famagusta agora (Foto da placa) – é a de tartarugas marinhas, que fizeram dali o seu lar.

Uma Cidade sem Lei – Kowloom, China


Conhecida como uma “anomalia urbanística”, Kowloon, na área da Hong-Kong, possuía aproximadamente 50.000 habitantes distribuídos numa área de 0,026km² (1.900.000 pessoas por km²). E era, oficialmente, o local mais densamente populacional do mundo.
A cidade nascera no séc XIX, durante a ocupação inglesa na China, funcionando como uma base militar, com então 700 habitantes. Num acordo que cedia Hong-Kong para os ingleses, Kowloon foi excluída da área e ficou sob domínio chinês. Mas quando a Inglaterra quebrou o acordo e invadiu a cidadela para ter toda área de Hong-Kong sob seu poder, encontrou-a completamente abandonada e deixou-a em segundo plano.
Foi só em 1940 que Kowloon voltou a ser habitada. Contando então com uma população alta, a cidadela virou ponto turístico para aqueles que queriam rever a China antiga em suas vielas, já que o comunismo avançava sobre o país. Mas durante a 2ª Guerra o Japão destruíu as muralhas e parte da cidadela, deixando-a novamente abandonada e desolada. Voltando a ser reocupada só depois da rendição dos nipônicos perante à batalha, mas agora sem suas muralhas, o que a transformou em um refúgio para bandidos e viciados. Resistiram às investidas inglesas, à polícia de Hong-Kong, que sequer podia entrar lá, e foram completamente ignorados pela China continental. Kowloon agora se tornava uma cidadela proibida.


Alguns prédios de Kowloon (Foto maior),um dos corredores (Foto menor, acima) e uma “visão do céu” vista do solo da cidade (Foto menor, abaixo)
Kowloon começou a crescer de forma descontrolada. Prédios, ruas e becos começaram a se fundir, transformando-se em um enorme labirinto, totalmente sem lei. Curiosamente, a estatística de crimes era abaixo da de Hong-Kong, por não haver repressão sobre os moradores.
Finalmente, nos anos 80, a Inglaterra e a China finalmente concordaram que Kowloon não podia mais existir, por causa da falta de leis, ordem e as péssimas condições de seus habitantes. A cidade fora demolida em 1993 e seus habitantes foram movidos para outras áreas próximas. Hoje um parque ocupa o local da extinta “Cidade das Sombras”.


Alguns prédios de Kowloon (Foto maior),um dos corredores (Foto menor, acima) e uma “visão do céu” vista do solo da cidade (Foto menor, abaixo)
Kowloon começou a crescer de forma descontrolada. Prédios, ruas e becos começaram a se fundir, transformando-se em um enorme labirinto, totalmente sem lei. Curiosamente, a estatística de crimes era abaixo da de Hong-Kong, por não haver repressão sobre os moradores.
Finalmente, nos anos 80, a Inglaterra e a China finalmente concordaram que Kowloon não podia mais existir, por causa da falta de leis, ordem e as péssimas condições de seus habitantes. A cidade fora demolida em 1993 e seus habitantes foram movidos para outras áreas próximas. Hoje um parque ocupa o local da extinta cidade das sombras.

O Lar do 4º Reator – Pripyat, Ucrânia.


Esta pequena cidade na Ucrânia era, nada mais, nada menos, do que o local onde ficava o 4º Reator da usina nuclear de Chernobyl. Exato!O mesmo reator que deu início ao pior acidente nuclear da história, em 1986.


Grafitti feito em um dos prédios de Pripyat, ao fundo, a torre do 4º Reator de Chernobyl
Desde aquele dia a cidade foi abandonada, e hoje objetos se encontram do mesmo modo como foram largados por seus donos, assim como casas, prédios e escolas. Algumas pessoas se negaram a fugir, colocando em risco sua saúde sobre uma radiação que demorará mais ou menos 900 anos para se dissipar completamente dali.


A roda gigante do parque de Pripyat, um marco do que o desastre tirou
Algumas áreas estão abertas para vistação, mas apenas pontos mais distantes da usina e com uma taxa menor de radiação.
Fontes: WebUrbanist, PBase, The Urban Earth, Wikipédia, medob

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